Você já deve ter notado que a polícia faz um trabalho meia-boca não é? De todos os criminosos eles normalmente pegam apenas 60% deles, e muitas vezes alguns desses são inocentes, em lugares como o Rio de Janeiro a polícia prendeu apenas 4% dos criminosos, então não é de se estranhar que existam milhões de ladrões e assassinos que se safaram da lei. Confira a história de mais alguns deles.
Wxstorm at English Wikipedia, CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons |
O Coletor de Ossos (ótimo nome para um assassino) foi o terror de West Mesa em Albuquerque, Novo México. Sua história começou em 2001 quando o corpo de uma mulher foi enterrado em uma área abandonada da cidade, e depois mais uma, e mais outra, até que em 2005 já eram 11 cadáveres enterrados. O problema é que os corpos só foram descobertos por acidente em 2009, a polícia não tinha suspeitos por que lá não tinha testemunhas, eles usaram imagens via satélite e encontraram marcas de pneu e solo remexido, além das mulheres eles também descobriram um feto.
Depois de uma análise eles descobriram que as mulheres tinham de 15 a 35 anos e eram quase todas prostitutas ou viciadas em drogas, devido a esse fato a polícia não levou mais o caso tão a sério, e a coisa ficou por isso mesmo.
Em 2010 a polícia descobriu mais 8 mulheres que podem ter sido vítimas do Coletor de Ossos e mostrou as fotos delas para a imprensa, só que 3 desses mulheres ainda estavam vivas. Com vergonha a polícia e os investigadores se recusaram a dar mais entrevistas e nunca disseram de onde vieram as fotos.
Em 2010 a polícia descobriu mais 8 mulheres que podem ter sido vítimas do Coletor de Ossos e mostrou as fotos delas para a imprensa, só que 3 desses mulheres ainda estavam vivas. Com vergonha a polícia e os investigadores se recusaram a dar mais entrevistas e nunca disseram de onde vieram as fotos.
Eles nunca tiveram um suspeito principal, mas devido ao modo como as moças morreram e o fato de serem enterradas juntas eles logo anunciaram que deveria ter um serial killer na cidade. Um outro serial killer chamado Scott Lee Kimball foi investigado mas ele negou ter matado "essas" pessoas em particular.
Até hoje a polícia nunca prendeu ninguém mas está oferecendo 100.000 dólares para quem tiver informações para o caso, mas pelo visto esse ninguém resolve.
Domínio público via Wikimédia Commons |
Joseph "O Anjo da Morte" Mengele foi o pior dos piores, um médico nazista que durante a Segunda Guerra Mundial fez experimentos horríveis em judeus, Mengele amputou membros e retirou órgãos de suas vítimas sem anestesia. Ele também realizou experimentos bizarros como a remoção do sangue de um gêmeo para ser dado ao outro gêmeo, infectando um dos gêmeos com uma doença mortal e o outro não. Se um dos gêmeos morresse, Mengele matava o outro só para poder realizar uma autópsia em ambos os corpos e comparar o resultado. Ele também tentou costurar pessoas juntas para criar seus próprios gêmeos siameses. Ele "salvava" pessoas (principalmente crianças) das câmaras de gás apenas para torturá-las ainda mais.
Depois da guerra Magele seria preso e executado por seus crimes... ou pelo menos esse era o plano. O doutor não era burro e assim que os nazistas perderam ele se mudou para a Argentina, e depois para o Paraguai e finalmente para o Brasil, mesmo sendo rastreado por vários caçadores de nazistas de diversos países, o Anjo nunca foi pego e nunca teve de pagar por seus crimes de guerra.
Sua vida só acabou em 1979 aos 67 anos quando ele sofreu um derrame enquanto nadava e morreu afogado de maneira rápida e até indolor. Ele foi enterrado em Embu das Artes aqui mesmo no Brasil sob o nome falso de Wolfgang Gerhard.
Seus ossos deveriam ser mandados para a Alemanha mas eles ainda estão no Brasil, segundo seu filho o Anjo nunca se arrependeu de seus crimes.
O Assassino do Alfabeto (péssimo nome para um serial killer) é mais um assassino que se safou de todos os crimes... ou não.
Tudo começou nos anos 70 em Nova York onde 3 garotas de aproximadamente 10 anos foram estupradas e assassinadas. Até aí normal, segundo a polícia isso acontece o tempo todo, mas tinha uma coincidência bizarra, a primeira letra do nome dessas garotas se repetia em ambos os nomes e também no nome do lugar onde elas foram encontradas: Carmen Colon em Churchville, Michelle Maenza em Macedon e Wanda Walkowicz em Webster.
A polícia achou estranho e questionou mais de 100 pessoas, mas não encontraram nada, eles suspeitavam de um homem que havia cometido suicídio depois da descoberta do crime, mas exames de DNA o inocentaram. Outros assassinos famosos da época como Kenneth Bianchi e Angelo Bueno Jr. também foram questionados e inocentados, pelo menos destes assassinatos.
Parecia o fim do caso, até que em 1977 começou uma onde de assassinatos similares na Califórnia, as vítimas eram Pamela Parsons, Roxene Roggasch, Tracy Tofoya e outra garota chamada Carmen Colon (que compartilhava o nome com uma das outras vitimas). Dessa vez a polícia prendeu Joseph Naso de 77 anos, eles tinham certeza que ele tinha cometido os assassinatos da Califórnia e ele foi condenado a morte por seus crimes. Os investigadores também estavam certos de que ele havia cometido os assassinatos de Nova York, afinal as coincidências eram muitas, ele era até mesmo um dos suspeitos questionados na época, só que um exame de DNA inocentou ele desses crimes.
Até hoje ninguém sabe se ele matou todas as garotas, se ele tinha um parceiro, se existe mais de um assassino do alfabeto, as teorias são muitas, mas, seja como for, aquele que matou as garotas em Nova York nunca foi pego e nunca será.
O Massacre do Carandiru é a rebelião mais famosa do nosso país, ela ocorreu em 2 de outubro de 1992, quando uma intervenção da Polícia Militar do Estado de São Paulo, para conter uma rebelião na Casa de Detenção de São Paulo, causou a morte de 111 detentos.
Os policiais chegaram matando todo mundo que ficava no caminho deles, os caras até chegaram a ser condenados por seus crimes: em 2001 o comandante da operação, coronel Ubiratan Guimarães, foi condenado a 632 anos de prisão por 102 das 111 mortes. Ele recorreu da sentença e o Órgão Especial do TJ o absolveu do crime em 2006, mesmo ano em que Ubiratan morreu. Outros 74 PMs envolvidos no massacre foram condenados em diversos julgamentos feitos entre 2013 e 2014. As penas variavam entre 48 e 624 anos de prisão, mas ninguém nunca foi preso. Em setembro de 2016, o Tribunal de Justiça de SP anulou os julgamentos de todos os 74 policiais, isso porque eles bateram em uma tecnicalidade, veja: é impossível dizer com certeza qual bala que atingiu qual detento saiu de qual arma de qual policial. Mesmo se eles passassem décadas analisando tudo ainda seria impossível fazer uma acusação perfeita.
Todos se livraram das acusações, ou quase todos, no dia 10 de setembro de 2006, o coronel Ubiratan foi assassinado com um tiro no abdômen, no muro do prédio onde morava foi pichada a frase "aqui se faz, aqui se paga", em referência ao massacre. Seu assassino também nunca foi pego.
Até 2022, nenhum agente policial envolvido no massacre foi preso e nenhuma autoridade da Secretaria de Segurança Pública de SP ou do governo do São Paulo foi responsabilizada.
Portrait photograph commissioned by Guillermina Colón., Domínio público, via Wikimedia Commons |
Tudo começou nos anos 70 em Nova York onde 3 garotas de aproximadamente 10 anos foram estupradas e assassinadas. Até aí normal, segundo a polícia isso acontece o tempo todo, mas tinha uma coincidência bizarra, a primeira letra do nome dessas garotas se repetia em ambos os nomes e também no nome do lugar onde elas foram encontradas: Carmen Colon em Churchville, Michelle Maenza em Macedon e Wanda Walkowicz em Webster.
A polícia achou estranho e questionou mais de 100 pessoas, mas não encontraram nada, eles suspeitavam de um homem que havia cometido suicídio depois da descoberta do crime, mas exames de DNA o inocentaram. Outros assassinos famosos da época como Kenneth Bianchi e Angelo Bueno Jr. também foram questionados e inocentados, pelo menos destes assassinatos.
Parecia o fim do caso, até que em 1977 começou uma onde de assassinatos similares na Califórnia, as vítimas eram Pamela Parsons, Roxene Roggasch, Tracy Tofoya e outra garota chamada Carmen Colon (que compartilhava o nome com uma das outras vitimas). Dessa vez a polícia prendeu Joseph Naso de 77 anos, eles tinham certeza que ele tinha cometido os assassinatos da Califórnia e ele foi condenado a morte por seus crimes. Os investigadores também estavam certos de que ele havia cometido os assassinatos de Nova York, afinal as coincidências eram muitas, ele era até mesmo um dos suspeitos questionados na época, só que um exame de DNA inocentou ele desses crimes.
Até hoje ninguém sabe se ele matou todas as garotas, se ele tinha um parceiro, se existe mais de um assassino do alfabeto, as teorias são muitas, mas, seja como for, aquele que matou as garotas em Nova York nunca foi pego e nunca será.
Domínio público (Arquivo Público do Estado de São Paulo) via Wikimedia Commons |
Os policiais chegaram matando todo mundo que ficava no caminho deles, os caras até chegaram a ser condenados por seus crimes: em 2001 o comandante da operação, coronel Ubiratan Guimarães, foi condenado a 632 anos de prisão por 102 das 111 mortes. Ele recorreu da sentença e o Órgão Especial do TJ o absolveu do crime em 2006, mesmo ano em que Ubiratan morreu. Outros 74 PMs envolvidos no massacre foram condenados em diversos julgamentos feitos entre 2013 e 2014. As penas variavam entre 48 e 624 anos de prisão, mas ninguém nunca foi preso. Em setembro de 2016, o Tribunal de Justiça de SP anulou os julgamentos de todos os 74 policiais, isso porque eles bateram em uma tecnicalidade, veja: é impossível dizer com certeza qual bala que atingiu qual detento saiu de qual arma de qual policial. Mesmo se eles passassem décadas analisando tudo ainda seria impossível fazer uma acusação perfeita.
Todos se livraram das acusações, ou quase todos, no dia 10 de setembro de 2006, o coronel Ubiratan foi assassinado com um tiro no abdômen, no muro do prédio onde morava foi pichada a frase "aqui se faz, aqui se paga", em referência ao massacre. Seu assassino também nunca foi pego.
Até 2022, nenhum agente policial envolvido no massacre foi preso e nenhuma autoridade da Secretaria de Segurança Pública de SP ou do governo do São Paulo foi responsabilizada.
ABC Television, Domínio público, via Wikimedia Commons |
O problema é que em 2005 uma corte civil da Califórnia considerou ele culpado do assassinato, mas aí já era tarde demais. Blake está em liberdade até hoje, fez entrevistas, e se aposentou.
New York City Police Department, Domínio público, via Wikimedia Commons |
Entre 1972 e 1974 cinco crianças foram encontradas mortas, com as genitais mutiladas, uma delas foi esfaqueada 38 vezes, o problema é que todas as crianças eram negras o que fez com que muitos nem ligassem para o crime. Como ele sempre cortava o pênis dos garotos ele foi apelidado de Charlie Cortante, ou Charlie que Corta. Um dos garotos na verdade sobreviveu ao ataque, mas ninguém foi pego com base na descrição dele.
Em 1974 Erno Soto confessou um dos assassinatos, segundo a vitima que sobreviveu ele se parecia com o assassino mas o garoto se recusou a identificar ele. Erno foi considerado insano pelo júri e mandado a um hospital psiquiátrico ao invés da cadeia.
Embora isso tudo tenha acontecido a mais de 40 anos, o caso ainda está em aberto, mas parece que o assassino nunca será pego.
Texarkana Gazette, Domínio público, via Wikimedia Commons |
O pânico começou a reinar na pequena cidade e mais investigadores foram entrando no caso, no total tinham 6 investigadores para 1 assassino, e mesmo assim ninguém foi preso, mais de 400 pessoas foram investigadas, mas todas foram liberadas.
A polícia até pediu ao público que denunciasse qualquer pessoa que possuísse uma lanterna como a vista na imagem acima, encontrada na cena do assassinato. Esta na verdade foi a primeira fotografia colorida publicada pelo jornal Texarkana Gazette.
O caso virou filme e ganhou atenção internacional gerando ainda mais interesse na captura do assassino, mas isso não ajudou em nada, o cara nunca foi pego e nunca mais voltou a matar, e se ele estiver vivo deve estar muito velho para matar de novo.Donvikro, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons |
Depois de um tempo mais assassinatos aconteceram mas a polícia falhou em identificar se era o mesmo assassino ou um imitador. Os policiais não fizeram muito pelo caso e os investigadores nunca prenderam ninguém, mas não foi só pela inutilidade deles que o caso ficou famoso. Acontece que em 2016 assassinatos similares começaram a ocorrer na cidade de Guwahati, obviamente não pode ser o mesmo cara já que ele teria no mínimo 122 anos hoje em dia, mas o fato dele ter inspirado outros psicopatas (que também nunca foram presos) é assustador pra muita gente, principalmente para os moradores de rua que podem ser as próximas vitimas.
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