Nós finalmente chegamos na décima parte de nossa série sobre os maiores guerreiros que já viveram nesse planeta e deixaram o seu nome marcado na história.
E se você quiser ver mais pessoas que se tornaram lendas, conheça a história de alguns dos maiores criminosos do mundo clicando aqui agora mesmo.
Hoje nós vamos começar com Yasuke, o samurai misterioso que entrou na história tanto por sua habilidade quanto pelo fato dele ser um dos únicos samurais negros que já existiram. Mas será que isso foi verdade mesmo?
Ninguém sabe muito sobre a infância de Yasuke, o mais provável é que ele tenha nascido em Moçambique, também chamado de África Oriental Portuguesa, isso porque os primeiros africanos a chegarem no Japão em 1546, como escravos ou marinheiros, eram de lá. Seu nome africano provavelmente era Issufo, mas ele foi mudado quando o futuro guerreiro chegou na Ásia.
Yasuke chegou ao Japão em 1579 a serviço do missionário jesuíta italiano Alessandro Valignano, nomeado Visitante das missões jesuítas nas Índias (África Oriental, Sul e Leste da Ásia). Ele acompanhou Valignano quando este chegou à área da capital em março de 1581, e sua pele negra causou muito interesse à população local, que nunca haviam visto um africano em suas vidas. Tanto que quando Yasuke foi apresentado a Oda Nobunaga, o Daimyō japonês pensou que a pele de Yasuke era falsa, que ele havia sido pintado com tinta preta, Nobunaga então mandou ele esfregar a pele até que a tinta saísse, mas obviamente ela nunca saiu. Quando Nobunaga percebeu que a pele do africano era de fato negra, ele se interessou muito por ele.
Yasuke foi descrito como saudável, e também como forte, o próprio Nobunaga elogiou a sua força, e é possível que o sobrinho do Daimyō tenha até mesmo dado dinheiro ao africano em seu primeiro encontro. Ele tinha cerca de 1,88 metros de altura e os japoneses descreveram sua pele na época como "escura como carvão".
Em 14 de maio Yasuke partiu para a província de Echizen com os outros cristãos. Durante essa viagem eles se encontraram com vários senhores da guerra locais, como Shibata Katsutoyo, Hashiba Hidekatsu e Shibata Katsuie. Eles retornaram a Kyoto em 30 de maio. Em algum momento depois dessa viagem Yasuke entrou oficialmente no serviço de Nobunaga.
É muito provável que Yasuke tenha aprendido japonês, provavelmente devido aos esforços de Valignano para garantir que seus missionários se adaptassem à cultura local. Nobunaga até mesmo gostava de conversar com o africano quando possível. Ele foi possivelmente o único não japonês que Nobunaga tinha a seu serviço, Yasuke até mesmo recebeu sua própria residência e uma katana curta e cerimonial do Daimyō, que também atribuiu a ele o dever de portador de armas. Mas infelizmente a amizade dos dois iria chegar ao fim rapidamente.
Em junho de 1582, Nobunaga foi atacado por seus inimigos e forçado a cometer "seppuku" (suicídio) em Honnō-ji, em Kyoto, pelo exército de Akechi Mitsuhide. Yasuke também estava lá na época e o samurai africano ajudou a combater as forças de Akechi por horas, lutando bravamente contra vários inimigos. Imediatamente após a morte de Nobunaga, Yasuke se juntou ao herdeiro de seu antigo amigo, Oda Nobutada, que estava tentando reunir as forças de Oda no castelo Nijō. Yasuke lutou novamente ao lado das forças Nobutada, mas infelizmente acabou sendo capturado.
Quando Yasuke foi apresentado a Akechi, o senhor da guerra alegou que o homem negro era um animal e não japonês e, portanto, não deveria ser morto, mas levado para a igreja cristã em Kyoto. No entanto, há algumas dúvidas sobre a credibilidade disso.
Infelizmente esse foi o fim do samurai negro, não há mais informações escritas sobre ele depois disso, o que realmente aconteceu com ele foi um mistério, mas as duas maiores possibilidades são que ele tenha morrido pouco após isso, ou que tenha saído do Japão, já que um homem negro como ele atrairia muita atenção.
Quando Yasuke foi apresentado a Akechi, o senhor da guerra alegou que o homem negro era um animal e não japonês e, portanto, não deveria ser morto, mas levado para a igreja cristã em Kyoto. No entanto, há algumas dúvidas sobre a credibilidade disso.
Infelizmente esse foi o fim do samurai negro, não há mais informações escritas sobre ele depois disso, o que realmente aconteceu com ele foi um mistério, mas as duas maiores possibilidades são que ele tenha morrido pouco após isso, ou que tenha saído do Japão, já que um homem negro como ele atrairia muita atenção.
A lenda de Yasuke acabou crescendo devido aos vários mistérios ao redor do samurai, ele já inspirou livros, jogos de vídeo-game, apareceu em várias pinturas, virou personagem de mangá e sua vida inspirou uma série animada da Netflix. Isso sem contar as diversas teorias do que realmente deve ter acontecido com ele, teorias essas que já estão sendo formadas por quase 500 anos.
Khutulun, também chamada por vários outros nomes como Aigiarne, Aiyurug, Khotol Tsagaan e Ay Yaruq, foi uma das poucas guerreiras femininas que entraram para a história graças as suas habilidades. A garota nasceu por volta de 1260, em 1280 seu pai, Kaidu, tornou-se o governante mais poderoso da Ásia Central, reinando nos reinos do oeste da Mongólia até Oxus, e do platô da Sibéria Central à Índia.
O pouco que sabemos sobre ela veio das descrições do famoso explorador Marco Polo, que descreveu Khutulun como uma excelente guerreira, alguém que podia "subir nas fileiras inimigas e arrebatar um cativo tão facilmente quanto um falcão arrebata uma galinha". Ela ajudou o pai em muitas batalhas, particularmente contra a dinastia Yuan de seu próprio primo, o Grande Khan.
A mulher era tão confiante em suas próprias habilidades que ela insistia que qualquer homem que desejasse se casar com ela deveria primeiro derrotá-la na luta livre, se o homem perdesse deveria lhe dar cavalos como símbolo de sua derrota. Ganhando cavalos em competições e apostas de pretendentes, diz-se que ela reuniu um rebanho de dez mil animais.
De todos os filhos de Kaidu, Khutulun era a sua favorita e aquele de quem ele mais procurava conselhos e apoio político. Segundo alguns relatos, ele até tentou nomeá-la como sua sucessora antes de morrer em 1301, no entanto sua escolha foi recusada devido ao fato de que mulheres não podiam ser líderes.
Quando Kaidu morreu, Khutulun guardou sua tumba com a ajuda de seu irmão Orus. Ela foi desafiada por seus outros irmãos, incluindo Chapar e seu parente Duwa porque resistiu à sucessão deles.
Ela morreu em 1306, aos 46 anos, de motivos desconhecidos. Após a sua morte é possível que seus irmãos tenham sentido inveja das habilidades dela e tentaram apagar o seu nome da história mongol, por isso existem tão poucos relatos dela hoje em dia. Mesmo assim sua lenda foi redescoberta e hoje ela já inspirou livros, filmes e até séries.
E por último nós vamos falar de Patrick Tadina, um soldado que lutou bravamente, e ele fez isso de pijamas!
Patrick provavelmente nasceu em algum lugar do Havaí, ele nunca teve o corpo de um soldado americano, no seu auge ele chegou aos 1,65 m e pesava aproximadamente 58 kg, mesmo assim ele acabou indo parar na Guerra do Vietnã, onde ele acabaria fazendo a sua fama.
Durante 1965 e 1970 ele acabou liderando várias patrulhas de reconhecimento de longo alcance nas profundezas do território inimigo. Mas então como ele nunca era pego por seus inimigos? Simples, Patrick ia nessas patrulhas de pijama, isso junto a sua descendência "asiática" fazia com que ele parecesse mais um civil do que um soldado, então seus inimigos nunca esperavam o seu ataque surpresa, que normalmente vinha na forma de uma AK-47 que Patrick carregava. E quando ele era finalmente descoberto por seus inimigos, ele fingia fugir deles, mas na verdade ele estava levando eles para uma emboscada, onde seus soldados estavam esperando.
No Vietnã ele serviu com a 173ª Patrulha de Reconhecimento de Longo Alcance da Brigada Aerotransportada, a 74ª Patrulha de Longo Alcance do Destacamento de Infantaria e a Companhia N (Ranger), 75ª Infantaria.
Na verdade Tadina ingressou no Exército em 1962 e serviu na República Dominicana antes de ir para o Sudeste Asiático. Ele também serviu na 82ª Divisão Aerotransportada de Granada durante a Operação Fúria Urgente em 1983 e com a 1ª Divisão de Infantaria durante a Operação Tempestade no Deserto em 1991.
Provavelmente o mais impressionante de tudo isso é que em todos esses anos de serviço Tadina nunca perdeu um de seus homens, todos sempre voltavam com vida para casa, isso rendeu a ele uma grande fama, e em 1995 o guerreiro foi induzido no Hall da Fama dos Rangers, que diz que ele serviu com "extremo valor, nunca perdendo um homem durante seus anos como líder de equipe no Vietnã", e olha que foram mais de 200 homens sob o seu comando.
Mas embora seus aliados sempre voltassem sem um arranhão, o próprio Tadina foi baleado três vezes, e seu único irmão foi morto em combate no Vietnã. Isso porque Patrick era um Pointman, que é basicamente um soldado que abre caminho para os outros, em outras palavras Tadina já estava dentro da chamada "zona de morte" quando a batalha começava. A primeira vez que ele foi baleado foi quando Tadina abriu fogo contra seus inimigos e chamou a emboscada, depois disso ele acabou caindo no chão ao ser baleado nas duas panturrilhas, mesmo assim ele recusou ajuda médica e continuou a comandar a batalha até o inimigo recuar.
A última vez que ele foi baleado foi durante uma emboscada inimiga na qual ganhou sua segunda Estrela de Prata, e os ferimentos eram tão severos que eles quase o forçaram a ser evacuado do país.
Mesmo depois de tudo isso Patrick não gostava de se gabar, quase nunca contando as suas experiências, o que fez com que sua fama fosse desaparecendo de pouquinho em pouquinho.
Depois de se aposentar do Exército em 1992, ele continuou trabalhando na área de segurança até 2013, incluindo passagens pelo Iraque, Afeganistão e Paquistão. No fim ele se tornou o Ranger com o maior número de anos servidos no Vietnã e um dos soldados alistados mais condecorados da guerra.
Patrick infelizmente faleceu em maio de 2020, aos 77 anos, depois de sofrer com demência por anos. No total ele ganhou duas Estrelas de Prata, dez Estrelas de Bronze, sete por bravura, três Cruzes da Galanteria vietnamitas, quatro Medalhas de Louvor do Exército, incluindo duas por bravura e três Corações Roxos. Então não é difícil ver por que ele merece ser chamado de um dos maiores guerreiros que já viveu não é?
E é isso pessoal, com essa matéria finalizamos o nosso Top 30 dos maiores guerreiros que já existiram, obrigado a todos que leram, não deixem de curtir o nosso facebook em Real World Fatos, e se ainda tiver um guerreiro que você acha que deveria estar nessa lista pode nós mandar um e-mail com sua sugestão.
Patrick provavelmente nasceu em algum lugar do Havaí, ele nunca teve o corpo de um soldado americano, no seu auge ele chegou aos 1,65 m e pesava aproximadamente 58 kg, mesmo assim ele acabou indo parar na Guerra do Vietnã, onde ele acabaria fazendo a sua fama.
Durante 1965 e 1970 ele acabou liderando várias patrulhas de reconhecimento de longo alcance nas profundezas do território inimigo. Mas então como ele nunca era pego por seus inimigos? Simples, Patrick ia nessas patrulhas de pijama, isso junto a sua descendência "asiática" fazia com que ele parecesse mais um civil do que um soldado, então seus inimigos nunca esperavam o seu ataque surpresa, que normalmente vinha na forma de uma AK-47 que Patrick carregava. E quando ele era finalmente descoberto por seus inimigos, ele fingia fugir deles, mas na verdade ele estava levando eles para uma emboscada, onde seus soldados estavam esperando.
No Vietnã ele serviu com a 173ª Patrulha de Reconhecimento de Longo Alcance da Brigada Aerotransportada, a 74ª Patrulha de Longo Alcance do Destacamento de Infantaria e a Companhia N (Ranger), 75ª Infantaria.
Na verdade Tadina ingressou no Exército em 1962 e serviu na República Dominicana antes de ir para o Sudeste Asiático. Ele também serviu na 82ª Divisão Aerotransportada de Granada durante a Operação Fúria Urgente em 1983 e com a 1ª Divisão de Infantaria durante a Operação Tempestade no Deserto em 1991.
Provavelmente o mais impressionante de tudo isso é que em todos esses anos de serviço Tadina nunca perdeu um de seus homens, todos sempre voltavam com vida para casa, isso rendeu a ele uma grande fama, e em 1995 o guerreiro foi induzido no Hall da Fama dos Rangers, que diz que ele serviu com "extremo valor, nunca perdendo um homem durante seus anos como líder de equipe no Vietnã", e olha que foram mais de 200 homens sob o seu comando.
Mas embora seus aliados sempre voltassem sem um arranhão, o próprio Tadina foi baleado três vezes, e seu único irmão foi morto em combate no Vietnã. Isso porque Patrick era um Pointman, que é basicamente um soldado que abre caminho para os outros, em outras palavras Tadina já estava dentro da chamada "zona de morte" quando a batalha começava. A primeira vez que ele foi baleado foi quando Tadina abriu fogo contra seus inimigos e chamou a emboscada, depois disso ele acabou caindo no chão ao ser baleado nas duas panturrilhas, mesmo assim ele recusou ajuda médica e continuou a comandar a batalha até o inimigo recuar.
A última vez que ele foi baleado foi durante uma emboscada inimiga na qual ganhou sua segunda Estrela de Prata, e os ferimentos eram tão severos que eles quase o forçaram a ser evacuado do país.
Mesmo depois de tudo isso Patrick não gostava de se gabar, quase nunca contando as suas experiências, o que fez com que sua fama fosse desaparecendo de pouquinho em pouquinho.
Depois de se aposentar do Exército em 1992, ele continuou trabalhando na área de segurança até 2013, incluindo passagens pelo Iraque, Afeganistão e Paquistão. No fim ele se tornou o Ranger com o maior número de anos servidos no Vietnã e um dos soldados alistados mais condecorados da guerra.
Patrick infelizmente faleceu em maio de 2020, aos 77 anos, depois de sofrer com demência por anos. No total ele ganhou duas Estrelas de Prata, dez Estrelas de Bronze, sete por bravura, três Cruzes da Galanteria vietnamitas, quatro Medalhas de Louvor do Exército, incluindo duas por bravura e três Corações Roxos. Então não é difícil ver por que ele merece ser chamado de um dos maiores guerreiros que já viveu não é?
E é isso pessoal, com essa matéria finalizamos o nosso Top 30 dos maiores guerreiros que já existiram, obrigado a todos que leram, não deixem de curtir o nosso facebook em Real World Fatos, e se ainda tiver um guerreiro que você acha que deveria estar nessa lista pode nós mandar um e-mail com sua sugestão.
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