23 de março de 2018

Os maiores guerreiros do mundo #5

As guerras sempre vão ficar marcadas na história do mundo, mas os guerreiros que perderam suas vidas por elas normalmente são esquecidos.
Confira a 5° parte dessa série de matérias e descubra mais algumas histórias sobre os maiores guerreiros que já viveram na nossa história. E se você quiser ver os maiores guerreiros animais, clique aqui e se emocione. 

Domínio público
Você já deve ter ouvido falar de Spartacus, afinal sua vida já virou livro, série e filme, mas agora você vai conhecer a história do guerreiro verdadeiro, embora de uma maneira mais resumida e fácil de entender.
Chamado no Brasil de Espártaco, pouco se sabe do passado do guerreiro, o que significa que ele era um zé-ninguém, filho de ninguém importante. De acordo com alguns livros escritos sobre ele na época ele era um Trácio, um povo indo-europeu.
A história de Spartacus começou com o pé errado, ele foi capturado e transformado em um escravo, como o guerreiro já mostrava sinais de ser um lutador ele foi mandado para uma escola de gladiadores, onde se tornou um peso-pesado, seu destino agora era lutar possivelmente até a morte para o entretenimento dos romanos, mas ele não queria acabar assim.
Em 73 a.C Spartacus estava entre os 70 escravos que planejavam uma rebelião, todos queriam a liberdade mas sabiam que só conseguiriam isso juntos. Eles estavam em menor número e desarmados, por isso tiveram de roubar utensílios de cozinha para usar como armas, eles lutaram até a escola de gladiadores onde finalmente roubaram armas de verdade.
Os romanos não gostaram da rebelião e mandara legiões para caçar e matar os escravos, para a surpresa geral eles perderam todas as vezes. Spartacus e seus amigos passaram a recrutar mais escravos e montaram uma posição defensiva no Monte Vesúvio.
Uma vez livres, os escravos gladiadores escapados escolheram Spartacus e dois escravos gauleses (Crixus e Oenomaus) como líderes.
Os romanos já tinham outras guerras acontecendo e por isso ignoraram a rebelião por um tempo, até que eles mandaram Gaius Claudius Glaber lidar com eles, o pretor sitiou Spartacus e seu campo no Monte Vesúvio, esperando que a fome forçasse eles a se renderem. Eles ficaram muito, mas muito surpresos quando Spartacus, que tinha feito cordas de videiras, desceu o lado do vulcão com seus homens e atacou o acampamento romano na retaguarda, matando a maioria deles.
Os rebeldes também derrotaram uma segunda expedição, quase capturando o comandante, matando seus tenentes e aproveitando o equipamento militar. Com esses sucessos, mais e mais escravos reuniram-se para as forças espartaquistas, os pastores da região também se juntaram a eles. Spartacus ficou conhecido como um ótimo estrategista, o que fez com que muitos pensassem que antes de ser escravo ele era militar. Os escravos treinaram por todo o inverno, e divididos em dois grupos expandiram seu território consideravelmente.
Agora os romanos estavam putos da vida, eles tinham perdido de lavada para escravos e fazendeiros, o Senado escolheu Marcus Licinius Crassus, o homem mais rico de Roma (e também o único voluntário para o cargo) a acabar com a rebelião. Crassus foi encarregado de oito legiões, aproximadamente 40 mil soldados romanos treinados que ele tratou com uma disciplina áspera, mesmo brutal, revivendo a punição da decimação de unidade. Quando Spartacus e seus seguidores, que por razões pouco claras recuaram para o sul da Itália, se mudaram para o norte novamente no início de 71 a.C, Crassus desdobrou seis de suas legiões nas fronteiras da região e as separou em duas outras legiões para manobrar atrás de Spartacus.
Spartacus fez um acordo com piratas cilicianos para transpor cerca de 2.000 de seus homens para a Sicília, onde ele pretendia incitar uma revolta de escravos e reunir reforços... e esse foi seu grande erro, confiar em outras pessoas. Ele logo foi traído pelos piratas, que tomaram o pagamento e depois abandonaram os rebeldes. Fontes mencionam que houve tentativas de balsas e construção naval pelos rebeldes como meio de escapar, mas que Crassus tomou medidas não especificadas para garantir que os rebeldes não pudessem atravessar a Sicília e seus esforços foram abandonados. Os ex-escravos agora não tinham nada.
Spartacus tentou negociar com Crassus, afinal ele só queria liberdade, nada demais. Porém Crassus não concordou e Spartacus fugiu literalmente para as montanhas, eles foram perseguidos e lutaram, e lutaram, e lutaram até quase todos os escravos serem assassinados pelos romanos. 
Spartacus caiu em batalha em 71 a.C, sua coragem inspirou centenas, e sua disciplina salvou a vida de muitos homens que morreriam na escravidão. A vida de Spartacus ficou famosa, virou livros, virou séries, filmes e até times de diversos esportes. mas o que provavelmente ajudou a cimentar a sua lenda foi o fato de que seu corpo nunca foi encontrado pelos romanos, muitos acham que ele possa ter sobrevivido a batalha e ter levado uma vida melhor longe da escravidão.

Domínio público
Conheça Hans Langsdorff um dos maiores navegadores da história, e também um dos mais gentis, e ele também era um nazista fervoroso. Hans é o primeiro (e provavelmente o último) nazista a fazer parte da nossa lista de maiores guerreiros do mundo, mas se você ler a matéria até o final você vai ver por que ele merece o título.
Langsdorff nasceu em 20 de março de 1894 em Bergen, na ilha de Rügen. Ele era o filho mais velho em uma família com tradições legais e religiosas ao invés de uma tradição naval. Em 1898 a família dele mudou-se para Düsseldorf, onde eram vizinhos da família Graf cujo Conde Maximilian von Spee se tornaria um herói naval alemão (enquanto perdia a vida) na Batalha das Ilhas Falkland em 1914. Influenciado por seus vizinhos heroicos Langsdorff entrou na Academia Naval de Kiel contra os desejos de seus pais em 1912. Durante a Primeira Guerra Mundial, o então Tenente Langsdorff recebeu duas vezes a Medalha Cruz de Ferro.
Em 1923, quando estava no escritório da marinha em Dresden, Langsdorff conheceu Ruth Hager. Os dois se casaram em março de 1924, com seu filho Johann nascido em 14 de dezembro. Em outubro de 1925, Langsdorff foi colocado no Ministério da Defesa em Berlim para coordenar as relações entre a marinha e o exército. Em 1927, ele foi colocado no comando de uma flotilha de torpedos e, em abril de 1930, foi promovido a Tenente-Comandante. Em 1931 ele foi levado de volta para Berlim, pois suas habilidades administrativas se tornaram bem conhecidas na Alemanha e elas eram muito apreciadas. Após o surgimento do poder dos nazistas, Langsdorff solicitou o serviço no mar em 1934, mas foi nomeado para o Ministério do Interior.
Em 1936 e 1937, a bordo do novo navio de guerra Admiral Graf Spee, Langsdorff participou do apoio alemão do lado nacionalista na Guerra Civil Espanhola. Em 1 de janeiro de 1937, Langsdorff foi finalmente promovido ao tão desejado posto de Capitão. Ele recebeu o comando do Almirante Graf Spee em outubro de 1938.
Era agora que a sua fama iria começar, mas não por matar seus inimigos, pelo contrário, ele ficou conhecido por não matar ninguém.
Durante as próximas 10 semanas, Langsdorff e Almirante Graf Spee foram extremamente bem sucedidos, parando e afundando nove navios mercantes britânicos, totalizando mais de 50 mil toneladas... e nenhum morto. Toda vez que Langsdorff tinha de afundar um navio ele retirava todos os tripulantes de dentro dele, ou ele colocava eles nas celas de seu próprio navio ou deixava eles em algum lugar próximo, aí ele se distanciava para ninguém se machucar e afundava o navio. E sempre que ele deixava os inimigos em algum canto ele sempre indicava a posição deles para que eles pudessem ser resgatados.
Sob o seu comando nenhum homem que se rendeu foi assassinado ou torturado, ele sempre fez questão que os prisioneiros fossem bem alimentados e tratados com respeito e dignidade pela sua tripulação. Seu tratamento com os inimigos foi tão "humano" que o nazista ganhou o respeito dos seus oficias e também dos oficiais dos navios detidos como prisioneiros.
Quando era viável Langsdorff deixava os marinheiros inimigos seguirem para terra em seus botes. Durante uma estada no Oceano Índico ele abordou um cargueiro holandês que, embora neutro na guerra, com certeza iria delatar sua posição, surpreendentemente o nazista deixou o navio em paz.
Depois de mais de 50 mil km navegados, o Graf Spee precisava de reparos urgentes, mas mesmo assim Langsdorff resolveu fazer uma última patrulha, pois havia conseguido livros de códigos com um dos navios atacados, e assim teve conhecimento das rotas mercantes inimigas. Dirigindo-se de novo ao Atlântico Sul, sua sorte acabou de vez. O hidroavião que ele usava para reconhecimento quebrou, e ele foi descoberto pelas patrulhas inglesas, que o caçavam incessantemente. Na costa do Uruguai ele encontrou o cruzador HMS Exeter e dois cruzadores menores, o Ajax e o Achilles. Sem condições de fugir, Langsdorff concentrou fogo no Exeter, destruindo as duas torres de canhões dianteiras, a ponte de comando e iniciando vários incêndios. Ele então concentrou fogo nos navios menores, mas falhas de projeto tornaram o Graf Spee vulnerável, e tiros destruíram seu sistema de filtros de combustível. A cozinha principal e usina de dessalinização também foram atingidas. Com 36 mortos e 60 feridos, Langsdorff preferiu parar com o massacre, e deixou os navios ingleses bem danificados, mas flutuando, enquanto o Graff Spee se dirigia para Montevidéu.
A caminho do Uruguai, Langsdorff localizou o SS Shakespeare, cargueiro inglês com o mesmo destino ao Uruguai. Ele ordenou que abandonassem o navio, e que esperassem os salva-vidas dos navios de guerra que vinham logo atrás. O Capitão do Shakespeare aplicou parada total, mas não abandonou o navio. Langsdorff havia matado vários inimigos em combate algumas horas antes, mesmo assim se recusou a atirar em um navio desarmado com gente a bordo. Abandonando o SS Shakespeare, o Graf Spee rumou, capengando para Montevidéu, um porto tecnicamente neutro.
Chegando lá Langsdorff enterrou seus marinheiros mortos em batalha, todos (incluindo até mesmo os ingleses que tinham sido capturados pelo capitão) honraram os nazistas mortos com coroas de flores, os marinheiros alemães saudaram os companheiros mortos com a saudação nazista. Langsdorff prestou a tradicional continência da marinha alemã. Seu respeito era tão grande que durante um funeral inimigos ficaram lado a lado e ninguém se machucou e muito menos morreu.
Quando o capitão partiu seu barco ainda estava detonado, ele sabia que iria perder a próxima batalha, não vendo sentido em mortes desnecessárias Langsdorff mandou sua tripulação descer para a terra. Dos 586 marinheiros e 33 oficiais, só permaneceram 40 a bordo. Eles espalharam a munição remanescente do navio em pontos estratégicos, armaram detonares e timers, e o Graf Spee se preparou para zarpar para o estuário do Rio da Prata. Rádios, máquinas enigma, computadores de tiro, livros de código, tudo foi destruído com explosivos, fogo ou martelos. Até as culatras dos canhões foram removidas e jogadas no mar. Assim os ingleses não achariam nada de valor.
O plano era ele se suicidar junto com o navio, mas oficiais se rebelaram e o proibiram. Um timer de 20 minutos foi ativado, o capitão abandonou o navio e 250 mil pessoas viram da costa o Graf Spee explodir.
Langsdorff foi levado a um Hotel Naval em Buenos Aires, chegando lá o Capitão escreveu uma carta para sua esposa, uma para seus pais e uma para o embaixador alemão. Tomou uma dose de uísque, estendeu a bandeira de batalha do seu navio Graf Spee e com um tiro de sua Mauser, cometeu suicídio.
"Agora só posso provar com minha morte que os serviços de combate do Terceiro Reich estão prontos para morrer pela honra da bandeira. Eu sozinho assumo a responsabilidade de fugir do Almirante Graf Spee, da Panzerschiff. Estou feliz em pagar com a minha vida por qualquer possível reflexão sobre a honra da bandeira. Devo enfrentar o meu destino com fé firme na causa e no futuro da nação e do meu Führer" disse ele em uma das cartas. Ele tinha apenas 45 anos.
A fama de nazista gentil rendeu a ele várias homenagens, o Canadá até mesmo nomeou uma rua com seu nome a Langsdorff Road, seu filho acabou morrendo em combate apenas 5 anos depois. Langsdorff provou que mesmo quando as pessoas tem opiniões muito diferentes é possível lutar por elas sem usar a violência, algo que infelizmente todo mundo já esqueceu. 

Domínio público
Quem nunca ouviu falar de Júlio César? Afinal ele é uma lenda, até hoje seu nome é sinônimo de poder, conquistas e claro, guerras. Confira um pouco mais de sua história (que é muito grande para ser escrita inteira nessa matéria) e se impressione.
Gaius Julius Caesar (ou CAIVS IVLIVS CAESAR no original) nasceu em 13 de julho de 100 a.C, seu nome pode ter sido dado por quatros motivos: de acordo com Plínio, o Velho, um ancestral seu havia nascido de cesariana (palavra do latim que quer dizer "cortar"). A História Augusta sugere outras três razões para o seu nome: a primeira é que César nasceu com muito cabelo (em latim caesaries); que tinha olhos cinzas bem claros (em latim: oculis caesiis); ou que matou um elefante (caesai) em batalha. O próprio César mandou fabricar moedas com retrato de elefantes, sugerindo que favorecia esta interpretação do seu nome.
Sua família se considerava descendentes da deusa Vênus, mas o seu pai faleceu quando ele tinha apenas quinze anos de idade. Esperto até demais César decidiu fazer casamentos vantajosos, cultivar amizades e zelar pela boa imagem de si próprio para conseguir um maior poder e reputação. Aos dezoito anos de idade ele casou-se com Cornelia Cinnilla, de treze anos de idade, filha de um cônsul influente, mas não adiantou muito, depois que seu tio perdeu uma guerra civil César teve de se esconder, ele foi perdoado mas não se sentia seguro, sabia que ele seria atacado, afinal eles tinham tirado todo o dinheiro dele.
Aos dezenove anos César então decidiu se juntar ao exército, onde afiou suas habilidades militares e de oratória. Em 68 a.C. a esposa de César, Cornelia, morreu de parto, deixando-lhe a sua filha Júlia.
Tornou-se então advogado e ficou conhecido por sua boa oratória, sempre fazendo firmes gestos com os braços e por ter uma voz alta. Também ficou notório por processar ex-governadores acusados de extorsão ou corrupção, logo ficando conhecido pelo povo como um homem justo que punia os políticos que ninguém mais tinha coragem de punir.
Durante uma viagem, no meio do mar Egeu, César passou por um episódio que ajudou a aumentar a sua fama de ótimo guerreiro e comandante, foi sequestrado por piratas e feito prisioneiro. Manteve uma atitude de superioridade durante o seu cativeiro: quando os piratas exigiram 20 peças de prata como resgate, insistiu que exigissem 50, mas avisou que os piratas deveriam matar ele, se não o fizessem ele perseguiria e mataria todos os piratas dali e os pregaria em uma cruz, os marinheiros, claro, não levaram aquele pirralho mimado a sério e com o valor pago, ele foi libertado. Em retaliação pelo episódio, César recrutou uma frota, perseguiu, capturou todos os piratas e os crucificou, como havia prometido durante o cativeiro. Como um sinal de "clemência", aliviou-lhes a dor da crucificação facilitando a sua morte, ao cortar-lhes as gargantas. Pouco tempo depois, foi reconvocado pelo exército, servindo no leste. Naquele momento a reputação de César como um competente comandante militar começou a se formar.
César cultivou a companhia de Pompeu o Grande (Gnaeus Pompeus Magnus), que tornou-se seu genro ao se casar com sua filha Júlia, bem como de Crasso (Marcus Licinius Crassus), o homem mais rico de Roma (aquele mesmo da história de Espatacus que você acabou de ler), que virou o patrocinador de suas campanhas políticas. Esperto como sempre César queria ser mais que apenas um ótimo guerreiro, ele queria poder absoluto, e ele teria isso custe o que custar. No final de 60 a.C. César, Pompeu e Crassus fizeram um pacto secreto designado de Triunvirato, onde cada qual administraria uma parte do futuro Império que eles conquistariam juntos.
Durante o seu mandato na Gália, César juntou dez legiões de cerca de 50.000 soldados e um grupo de 10 a 20 mil aliados, escravos e seguidores. Ainda na Gália ele derrotou a tribo inteira dos helvécios, bem como diversas outras germânicas, anexando uma gigantesca região que se estendia até a margem esquerda do Reno.
Apesar da existência do pacto (o Triunvirato) César e Crasso tiveram graves desentendimentos com Pompeu e César rompeu de vez com este depois que a sua filha Júlia (igual a mãe dela) morreu de parto em 54 a.C. Depois da morte de Crasso em 53 a.C. César perdeu seu grande aliado e ficou à mercê das tramas de Pompeu junto à elite de Roma.
Em janeiro do ano 49 a.C. Júlio César decidiu desobedecer as ordens do Senado e atravessar o Rubicão (rio que separa a Gália Cisalpina da Itália). Ao entrar em Roma acompanhado das suas tropas César foi aclamado pelo povo e Pompeu viu-se obrigado a fugir. No final de 48 a.C. César perseguiu Pompeu até o Egito, onde este último foi morto em uma emboscada que César não havia planejado, ele até mesmo ficou triste quando soube da notícia da morte de seu ex-genro. Enquanto estava no Egito César se aliou à Cleópatra tornando-se seu amante. Dessa união resultou um filho de César, que foi chamado Cesário (Caesarion).
Quando Júlio César retornou a Roma ele foi recebido com grandes honras e em 47 a.C. ele foi apontado ‘tirano’. César mostrou-se um ditador benevolente ao perdoar os antigos oponentes políticos e convidá-los para fazer parte do seu novo governo. César iniciou uma reforma profunda do Senado, e ocupou-se em ajustar as contas públicas e a reorganizar os governos das províncias. A sua popularidade cresceu ainda mais depois que ele distribuiu terras aos soldados e melhorou o nível de vida de muitas pessoas comuns. O Senado conferiu-lhe muitos títulos honoríficos, aprovou a colocação da seu rosto nas moedas do império, e em 14 de fevereiro de 44 a.C. conferiu a ele o título de ‘ditador vitalício’. Esta última honraria foi a gota d’água para os inimigos de César, que fizeram uma conspiração para assassiná-lo a fim de "salvar" a República de Roma.
O líder iniciador da conspiração contra César era o Senador Cassius (Gaius Cassius Longinus), que era casado com Junia Tertia, irmã do famoso Brutus (Marcus Junius Brutos Minor), a quem César tratava como filho. Tanto Cassius quanto Brutus haviam sido perdoados por César e deviam a César os cargos que tinham. Cassius persuadiu Brutus a se juntar à conspiração contra César lembrando a Brutus que era descendente de um dos heróis romanos que haviam derrotado os antigos reis da região a fim de criar a República, e que esta estava em perigo devido às aspiração de César de ser rei, evidenciada pelo fato de César ser amante de Cleópatra, uma rainha. A data escolhida para o assassinato de Júlio César foi o dia 15 de março, pois Júlio César havia planejado viajar no dia 18 de Março para uma campanha militar no atual Iraque.
No idos de março de 44 a.C. Júlio César resolveu comparecer ao fórum do Senado a despeito das premonições de sua esposa. Logo na entrada Júlio César foi abordado por um homem pedindo para falar com ele, e em seguida, ele foi cercado pelos conspiradores que o assassinaram com 23 punhaladas. Durante sua morte ao ver que Brutus era parte da trama de seu assassinato ele proferiu as famosas palavras: "Até tu Brutus, meu filho?"... só que não, ele não teve tempo de falar nada ao ser apunhalado tantas vezes, essa frase vem de um dos contos de Shakespeare sobre a vida de César.
Brutus e seus companheiros próximos foram então pelas ruas gritando pela cidade: "Povo de Roma, nós somos novamente livres!" Contudo, com a história do que havia ocorrido se espalhando rapidamente, a maioria da população resolveu se trancar dentro de casa. O corpo de César permaneceu no chão do senado por mais três horas antes que fosse removido. O cadáver de César foi posteriormente cremado. No local onde a pira funerária estava ergueu-se o Templo de César alguns anos mais tarde, a leste da praça principal do Fórum Romano. Apenas o altar do templo está preservado até os dias atuais. Uma estátua de cera foi mais tarde erguida no Fórum, exibindo as 23 feridas, uma para cada apunhalada.
Mas a traição saiu pela culatra, ao contrário do que os conspiradores achavam o povo adorava César e eles ficaram muito putos que um grupinho de rebeldes tinha matado o seu líder e atacaram a casa deles, que, claro, fugiram com medo da retaliação do povo. Brutus e Cássio lutaram por um tempo mas viram que não tinham saída. Cassius se matou com a mesma lâmina que ele usou em Júlio César e Brutus cometeu suicídio em 42 a.C.
Não precisa nem dizer que Júlio Cesar influenciou muita gente por aí, ele apareceu em filmes, jogos, livros, séries, HQ's, sem contar as centenas de pessoas que viveram com seus ensinamentos, César nunca vai deixar de ser mencionado quando o assunto são guerreiros, e, para o bem ou para o mal, sua lenda vai viver pra sempre.

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