As táticas e estratégias de guerra mais doidas que já foram usadas

A guerra é muito mais do que apenas matar seu oponente, exércitos precisam de estratégias, mas muitas vezes as táticas que eles utilizam só podem ser descritas como bizarras.
Confira agora as táticas e estratégias de guerra mais doidas que já foram usadas, mas antes de ler essa matéria clique aqui e curta nossa página no facebook.

Cassowary Colorizations, CC BY 2.0, via Wikimedia Commons

Para vencer uma guerra você precisa de armas, soldados e... papel higiênico? Quando um homem se alistava no exército nos anos 80 a última coisa que ele pensava é que ele iria passar seus anos dourados observando as fezes de seus inimigos. Mas essa foi a base da Operação Tamarisk.

Conforme descrito em The Hidden Hand, de Richard Aldrich, na página 414, a operação secreta "envolvia privar os soviéticos de papel higiênico". A ideia não era matar os soviéticos de constipação, era que se eles não tivessem papel higiênico eles teriam de se limpar com outras coisas, e eles acertaram. Isso tudo os levou a usar documentos oficiais como papel higiênico.

Os EUA, o Reino Unido e a França usaram então seus espiões para recuperar os documentos usados para limpar a bunda deles, pois o papel não era solúvel e era colocado em lixeiras. 

Os espiões realmente chegaram a reclamar aos seus superiores que eles tinham que passar pelas caixas e recuperar papeis cheios de fezes em latas de lixo, latas que continham várias outras coisas nojentas incluindo até membros amputados, no caso de latas de lixo hospitalares. 

Quando os espiões contaram isso aos seus superiores eles não sentiram pena, os manipuladores pediram imediatamente que os espiões trouxessem os membros amputados para que pudessem estudar que tipo de estilhaços os soviéticos estavam usando.

Então foi isso, se sua vida está ruim lembre-se que alguns pobres espiões passaram seus anos de glória da guerra recolhendo as fezes de seus inimigos, quem sabe isso vai te fazer se sentir melhor.

USMC Archives from Quantico, USA, CC BY 2.0, via Wikimedia Commons

Na guerra vale tudo, principalmente se você sabe o medo de seus inimigos. Quando os E.U.A entraram em guerra contra o Vietnã eles esperavam uma batalha fácil de ser vencida, mas aqueles fazendeiros asiáticos estavam chutando a bunda dos americanos, por isso eles precisavam de uma nova tática para virar o jogo.

Dois soldados do 6º Batalhão PSYOP conseguiram bolar essa tática, eles conseguiram espantar os inimigos com um ataque feito em duas partes. Primeiro um agente infiltrado espalhou nos dias anteriores que havia um tigre solto na região. Enquanto isso técnicos voaram até a Tailândia e gravaram rugidos de um tigre no Zoológico de Bangkok, eles mixaram uma fita com outros ruídos ameaçadores e passaram a usar o som nos alto-falantes dos helicópteros. 
Os vietnamitas ouviram o rugido vindo do helicóptero e pensaram que havia um tigre nas redondezas, sem pensar duas vezes eles abandonaram seu posto com medo de serem comidos.

Mas essa não foi a tática mais estranha usada na guerra do Vietnã, depois de constatar que o barulho dos tigres deu certo, os americanos decidiram apelar para os fantasmas. Isso mesmo, fantasmas!

Os vietcongs eram muito supersticiosos e religiosos, eles acreditavam que se o corpo não fosse devidamente tratado e sepultado segundo os rituais a alma da pessoa vagaria para sempre sem descanso. Todos tinham medo de virar almas penadas, o que era provável se morressem no meio da floresta durante a guerra. Os vietcongs tentavam não pensar nisso, enquanto os americanos tentavam fazer com que eles não se esquecessem em momento algum disso.

Além de alto-falantes espalhados na floresta os americanos voavam baixo em seus helicópteros, transmitindo sons aterrorizantes, soturnos, uivos, gritos e "vozes de crianças vietnamitas chamando pelo pai, que respondia que não podia ir para casa pois havia morrido inutilmente na floresta, e agora vagava em busca de vingança", bem especifico não acha?

Os vietcongs não gostaram nada das mensagens assustadoras (que você pode ouvir no vídeo acima), e fizeram o que nunca faziam: atiravam de noite em um helicóptero. Assim ficava simples para os americanos verem de onde os tiros estavam vindo, e atrás do helicóptero com os alto-falantes tinha um outro armado com uma minigun disparando 4000 tiros por minuto nos vietcongs. 

O curioso é que a vítima mais aterrorizada com essa operação não foi um vietcong, mas o piloto do avião chamado Gabby. Ele normalmente voava em operações de propaganda, jogando panfletos e transmitindo mensagens estimulando a rendição do inimigo. Em 1968 um dos técnicos resolveu testar sua fita "demoníaca", mandando o Gabby em um voo noturno. Quando o avião voltou o piloto desceu direto para falar com o comandante da base, depois foi até o técnico e disse que ele nunca mais iria voar tocando aquela fita, ela irritou tanto os vietcongs que ele foi alvejado de todos os lados, nem fazia ideia de como ainda estava vivo.

U.S. Army, Domínio público, via Wikimedia Commons

Durante a Segunda Guerra Mundial, o Japão enviou milhares de "explosivos flutuantes" para os Estados Unidos, na esperança de que eles chegassem às costas do país e causassem incêndios florestais. O problema é que eles não conseguiam controlar essas bombas, era como mandar uma pessoa cega atirar no inimigo. 
Embora não tenham sido o sucesso inflamável que os japoneses esperavam, alguns explosivos realmente chegaram às costas americanas, um deles acabou matando seis pessoas em Oregon, mas nenhum soldado se feriu.

Ossama Boshra, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons

Os egípcios tinham uma tática única para evitar serem mortos por seus inimigos em batalha: eles rezavam para a sua Deusa Gato. O líder persa Cambyses sabia disso, então ele fez com que seus soldados pintassem gatinhos em seus escudos e até trouxessem centenas de gatos para a linha de frente com eles.
Testemunhar este "exército de gatos" fez com que os soldados egípcios deitassem as armas e se recusassem a lutar contra as pequenas divindades, vitória dos persas então.

Australian National Maritime Museum on The Commons, Sem restrições, via Wikimedia Commons

Durante a Primeira Guerra Mundial, os norte-americanos usavam a camuflagem como tática de guerra, até aí normal, exércitos usam camuflagem o tempo todo, mas eles foram diferentes, eles usaram a camuflagem de "deslumbramento" para confundir seus inimigos. 
Os padrões que foram criados no exterior dos navios dificultavam o alcance de barcos e submarinos inimigos e era quase impossível estimar o alcance e a velocidade de um alvo, sem contar que olhar muito para esse navio pode causar tonturas e ânsia de vomito.

Gary Todd from Xinzheng, China, CC0, via Wikimedia Commons

Os Celtas eram um bando que adoravam uma guerra psicológica, e eles sabiam dos que os guerreiros mais machos tinham medo: da homossexualidade.
Eles marchavam a batalha completamente nus, e iam pra cima de seus inimigos que não sabiam o que fazer com aquele bando de caras musculosos correndo peladões em sua direção.

Auckland Museum, CC BY 4.0, via Wikimedia Commons

Se tem uma coisa que ninguém gosta é de trabalhar, e os inglesas decidiram ajudar os nazistas a faltarem no trabalho para poder ganhar a guerra.
Durante a Segunda Guerra Mundial os aviões da Força Aérea britânica lançaram caixas de fósforos para os soldados alemães, caixas que continham instruções sobre como fingir uma doença para serem mandados para casa.
Uma vez que os comandantes alemães descobriram a tática, eles impediram os soldados de voltar para casa e até mesmo enviaram soldados genuinamente doentes de volta ao combate, onde mais tarde espalharam a doença. De qualquer jeito os britânicos saíram ganhando.

Chinneeb, CC BY 4.0, via Wikimedia Commons

Para assustar os seus inimigos Genghis Khan usava uma tática simples mas muito efetiva: ele acendia fogueiras extras no acampamento para fazer seu exército parecer muito maior do que realmente era. Sem contar que os inimigos podiam acabar atacando um acampamento falso.

Domínio público via wikimedia commons

Durante a Batalha de Maling, Sun Pin fez basicamente o contrário de Genghis Khan, ele induziu seu inimigo P'ang Chuan a pensar que suas forças estavam desertando.
Ele fez isso ordenando um retiro organizado na primeira batalha e depois acendendo menos e menos fogueiras nas noites seguintes. Isso deu a impressão de que seu exército estava encolhendo, levando Chuan a atacar com uma força menor. Isso terminou em desastre, pois o exército de Pin simplesmente ficava em uma emboscada esperando por seus inimigos.

Gary Todd from Xinzheng, China, CC0, via Wikimedia Commons

O Rei Goujian era o rei de Yue (que mais tarde se tornaria parte da China). Para mostrar aos inimigos que seus soldados eram muito mais durões, ele fazia com que toda a linha de frente de seu exército se matasse na frente do inimigo. 

Algumas fontes dizem que ele usou criminosos que foram condenados a morte para isso, mas até hoje ninguém tem certeza.

photographer: Lt. Longini, U.S. Army  Signal Corps, Domínio público, via Wikimedia Commons

Os Aliados eram muito atrevidos na guerra e nenhum exemplo de atrevimento talvez seja mais famoso do que o corpo de um fuzileiro naval real britânico recuperado de uma praia espanhola por agentes alemães.
Esses agentes encontraram uma maleta algemada ao braço do homem contendo "inteligência aliada secreta" que sugeria que os aliados estavam prestes a atacar a Sardenha e a Córsega. 
Na realidade, o homem era um britânico sem-teto que havia cometido suicídio e apenas estava vestido para se parecer com um fuzileiro naval real britânico. 
Este truque plantado por agentes britânicos removeu completamente qualquer suspeita do verdadeiro plano aliado, que era uma enorme força de invasão rumo à Sicília.

Colin Smith / Harald Hardrada / CC BY-SA 2.0

Em uma tática bizarra o rei viking Harold Hardrade fingiu que estava morto após um cerco malsucedido.
Em um momento de respeito impressionante a cidade que estava sendo cercada por Harold concordou em deixar os vikings enterrarem seu rei dentro das muralhas. Então Harold entrou no caixão de armadura completa e quando já estava dentro da cidade ele saiu de seu caixão e lutou até os portões onde seu exército estava esperando para lutar.

Fratelli Alinari, Domínio público, via Wikimedia Commons

Aníbal se consagrou como um dos maiores líderes militares do seu tempo com uma série de vitórias impressionantes. Mas sua tática mais louca foi durante uma batalha naval. Sabendo que estava em desvantagem, ele primeiro enviou um arauto ao rei para descobrir em qual dos navios ele estava localizado antes de concentrar seu ataque naquele alvo. 
Ele então coletou milhares de cobras selvagens e as colocou em vasos, que foram atirados nos navios inimigos. Essas cobras fizeram com que grandes porções dos marinheiros abandonassem seus navios, dando a Aníbal uma vitória fácil.

Фотохроника ТАСС, фотограф Е. Халдей, Domínio público, via Wikimedia Commons

Para vencer uma guerra muitos exércitos apostam em ter armamentos superiores aos de seus inimigos, mas ás vezes o melhor é ser pior.
Durante a Segunda Guerra Mundial os russos escolheram usar aviões biplanos na Frente Oriental enquanto a Luftwaffe (a aeronáutica dos nazistas) tinha uma tecnologia muito mais avançada.
Os biplanos Polikarpov Po-2 foram confiados às "Bruxas da Noite", uma brigada de mulheres-bomba. No início, elas receberam a tecnologia inferior por puro machismo mesmo, os homens não queriam dar a elas o melhor que o exército tinha a oferecer porque achavam que elas iam morrer logo e destruir os aviões, mas isso nunca aconteceu, a missão foi um sucesso com muitas delas voando em mais de 1.000 missões até o final da guerra.
Havia um segredo para o sucesso delas: os rápidos Me-109 alemães não conseguiam desacelerar e acertar os aviões russos Po-2, que se moviam lentamente, sem parar. Embora pudessem carregar apenas duas bombas cada uma, suas molduras de madeira as tornavam indetectáveis ​​ao radar, e continuaram sendo algumas das únicas aeronaves soviéticas capazes de sobreviver aos céus durante a ocupação alemã. 
Em outras palavras, por ser ruim os aviões sobreviveram.

Domínio público, via wikimedia commons

Depois de ficar sem flechas sob o cerco de uma força rebelde, Zhang Xun se provou um verdadeiro sortudo, ele decidiu soar os tambores de guerra à noite como se seus homens estivessem iniciando um ataque. Combinado com alguns bonecos de palha, isso criou um efeito convincente e o inimigo disparou rajadas de flechas neles. Flechas que depois os homens de Xun coletarem e usarem no dia seguinte.
E para se provar ainda mais sortudo, quando Xun tentou a mesma coisa no dia seguinte seus inimigos não reagiram, dando a seus homens a chance de lançar um ataque de verdade.

Published by Guillaume Rouille (1518?-1589), Domínio público, via Wikimedia Commons

Durante um cerco de 20 meses da Babilônia que não levou a nada, Zopyrus apresentou um plano inteligente. Ele mandou seus companheiros chicotá-lo e cortar seu rosto com facas, depois ele foi até os portões da cidade dizer que havia sido exilado.
Sabendo que ele era um importante líder militar, ele foi autorizado a entrar e recebeu o comando de um exército. Em colaboração com seus verdadeiros aliados, ele "ganhou" uma série de batalhas para ganhar a confiança dos babilônios, o que lhe permitiu abrir o portão e permitir que os persas realizassem um ataque surpresa e finalmente acabassem com o cerco.

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